Por Rodrigo Oliveira.
Perícope:
“Que todos estejam
sujeitos às autoridades superiores. Porque não há autoridade que não proceda de
Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas.
2 Assim, aquele que se
opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus, e os que resistem trarão sobre
si mesmos condenação.
3 Porque os magistrados
não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Você quer
viver sem medo da autoridade? Faça o bem e você terá louvor dela,
4 pois a autoridade é
ministro de Deus para o seu bem. Mas, se você fizer o mal, então tenha medo,
porque não é sem motivo que a autoridade traz a espada; pois é ministro de
Deus, vingador, para castigar quem pratica o mal.
5 Portanto, é
necessário que vocês se sujeitem à autoridade, não somente por causa do temor
da punição, mas também por dever de consciência.
6 É por isso também que
vocês pagam impostos, porque as autoridades são ministros de Deus, atendendo
constantemente a este serviço.
7 Paguem a todos o que
lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem
respeito, respeito; a quem honra, honra.”
Romanos 13 aborda a
relação entre os cristãos e as autoridades civis.
Esta passagem bíblica, fornece
orientação sobre como os cristãos devem interagir com as autoridades
governamentais, há uma ênfase clara, na importância da submissão e da
obediência à lei.
Mas não se apresse, ainda estamos no início da nossa aula! Eu sou o Pastor Rodrigo Oliveira, Professor nas disciplinas de Hermenêutica, Homilética, Escatologia Bíblica, Introdução à Teologia, Teologia Contemporânea, Filosofia da Religião entre outras. Sejam bem vindos ao meu blog e canais no youtube e instagram chamados: Rodrigo Oliveira Oficial.
Contextualizando, o
Apóstolo Paulo explica que o propósito principal do governo é manter a ordem e
administrar a justiça. Os governantes são servos de Deus, aos quais foi
confiada a responsabilidade de punir os malfeitores e elogiar aqueles que
praticam o bem. O governo serve como uma restrição à ilegalidade e promove uma
sociedade pacífica (Romanos 13:3-4).
A passagem enfatiza o
governo propriamente dito e os seus administradores quando funcionam
devidamente.
Infelizmente, o que temos hoje, são "cristãos" que não conhecem nem o contexto imediato, nem o contexto amplo do que dizem as Escrituras, que continuam a usar Romanos 13 para condenar aos outros cristãos que
questionam o que o governo está fazendo. Aparentemente, fazer isso de uma
maneira consistente, seria na opinião de “alguns cristãos”, como que mostrar
"desrespeito ao governo ordenado por Deus". Não poderíam estar mais equivocados em sua interpretação, isto é falacioso — e
perigoso. Governos corruptos e tortuosos exploram essa passividade sem sentido
para levar adiante políticas claramente contrárias à Bíblia, e usam isso para
silenciar e deixar os "fiéis ingênuos" alinhados com objetivos escondidos.
Independente se percebem isso ou não, os “cristãos” que usam essa má interpretação (distorcida) de Romanos 13 estão (ainda que não percebam), servindo ao Maligno.
Ocorre, como digo em
minhas aulas de hermenêutica, que muitos cristãos, não conhecem as Escrituras e
não estudam seu contexto e costumes.
Uma regra muito importante
na interpretação das Escrituras que vivo repetindo é que: UMA PASSAGEM DAS
ESCRITURAS NÃO PODE SIGNIFICAR HOJE, O QUE NÃO SIGNIFICOU NA ÉPOCA. Por isso
precisamos transpor os abismos de interpretação (já mencionados em outras aulas)
e usarmos as regras de hermenêutica e exegese bíblias, como pontes para
transpormos os tais abismos de interpretação.
O primeiro passo então,
será descobrir o “lá e então” (o significado para a época), para depois determinarmos
o “aqui e agora” (aplicação).
1) Quando Paulo escreveu
Romanos 13, não havia democracia no Império Romano. As pessoas tinham de
aceitar aquele que estivesse no poder. Os judeus tornaram a vida incrivelmente
difícil para si mesmos ao reclamar e falar constantemente contra as
autoridades. Paulo mandou corretamente que os cristãos romanos aceitassem a
situação política prevalecente e, tanto quanto as circunstâncias permitissem,
viver em paz com todos. Somente assim eles iriam brilhar como faróis de luz em
um mundo tenebroso.
2) Os cidadãos romanos
não escolhiam seus líderes, mas nós escolhemos — pelo menos em países que têm
uma democracia funcional. Em uma forma democrática de governo, todos os líderes
são escolhidos pelo povo, para um mandato de duração fixa somente. Espera-se
que enquanto estiverem no cargo, esses líderes implementem as políticas que
defenderam durante a campanha eleitoral. Portanto, as pessoas têm o direito de
comentar a respeito do desempenho deles no cargo, fazer perguntas e até exigir
que um ocupante de cargo público renuncie, se vier a trair flagrantemente a
confiança que foi colocada nele pelo eleitorado.
Muitos “cristãos que não conhecem suas bíblias”, preferem ignorar os fatos e a responsabilidade que cada um deve ter de estudar as Escrituras: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” 2ª Timóteo 2:15, imaginam que vivemos em um sistema totalitário de governo como aquele do passado, sou seja, erram ao não conxtetualizarem o tempo e o modo:
“Abra a boca a favor do
mudo, pelo direito de todos os desamparados. Abra a boca, julgue retamente e
faça justiça aos pobres e aos necessitados.” Provérbios 31:8,9 (NAA)
Fazendo isso, (interpretando equivocadamente Romanos 13) eles
pedem que nos encurvemos submissivamente diante de líderes corruptos e façamos
tudo o que eles mandarem, até mesmo quando seus decretos violam a Palavra de
Deus.
Uma nação que deixa de
proteger sua democracia a perderá.
Um cristão verdadeiro
precisa ser prudente e observar as ações do Maligno o tempo todo. Isto é
especialmente verdadeiro neste tempo presente, em que o Maligno está
excepcionalmente ativo em várias frentes, mentindo em uma escala nunca vista
antes e atacando os fracos e vulneráveis.
“para que Satanás não
alcance vantagem sobre nós, pois não ignoramos quais são as intenções dele.” 2ª
Coríntios 2:11 (NAA)
“Eles
têm os olhos cheios de adultério e são insaciáveis no pecado. Enganam almas
inconstantes e têm o coração exercitado na avareza, essa gente maldita. Tendo
abandonado o reto caminho, desviaram-se e seguiram pelo caminho de Balaão,
filho de Beor, que amou o pagamento pela injustiça. Mas ele foi repreendido
pela sua transgressão: um animal de carga mudo, falando com voz humana, refreou
a insensatez do profeta. Esses tais são fontes sem água, névoas levadas pela
tempestade, para os quais está reservada a mais profunda escuridão. Porque,
falando com arrogância palavras sem conteúdo, enganam com desejos libertinos de
natureza carnal aqueles que de fato estavam se afastando dos que vivem no erro.
Prometem-lhes a liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois
aquele que é vencido fica escravo do vencedor.”
2ª Pedro 2:14-19 (NAA)
É como eu sempre digo,
diante de uma pergunta quando me é dirigida: O que dizem As Escrituras?
“pelo contrário,
santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração, estando sempre preparados
para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm.” 1ª
Pedro 3:15 (NAA)
P.S. pretendo gravar
essa aula em vídeo e postar no canal Rodrigo Oliveira Oficial no youtube
também.