“E o que eu tenho haver com som de trombeta?”
Você pode estar se perguntando. Normal! É assim com a
maioria dos Cristãos, mas eu vou explicar.
Se quiser aprender, veio ao lugar certo:
“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a
última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados.” 1ª. Coríntios 15:52
e
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que
morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor
nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” 1ª.
Tessalonicenses 4:16,17
O shofar era a trombeta nacional do povo de Israel, e
aparece na Bíblia sendo utilizado nas convocações do povo em ocasiões militares
e religiosas. O toque do shofar tinha um significado importante nas
festividades judaicas, especialmente na celebração do início do ano novo civil,
na Festa das Trombetas.
Assim que o sacerdote soava a Trombeta (Shofar), os tementes
a Deus, verdadeiros servos, interrompiam imediatamente a colheita, mesmo que
ficasse ainda mais para ser colhido, deixavam tudo lá mesmo, no campo. Era
época de trigo e eles paravam tudo e se dirigiam para o Templo, para adoração
do dia de ano novo, a Festa das Trombetas.
Jesus usou essa ilustração para descrever a sua Segunda
Vinda. Paulo associa claramente o “soar das trombetas” com a Segunda Vinda de
Cristo sobre as nuvens (1 Tessalonicenses 4.16-17 e 1 Coríntios 15.51-52).
Isaías associou o uso do Shofar com a vinda do Messias (Isaías 51.9 e 60.1).
Paulo associou o despertamento estrondoso com o Shofar e com o arrependimento
dos pecados e citou Isaías 60.1 em Efésios 5.14-17.
“Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Faze-te
duas trombetas de prata; de obra batida as farás, e elas te
servirão para a convocação da congregação, e para a partida dos arraiais. E,
quando as tocarem, então toda a congregação se reunirá a
ti à porta da tenda da congregação. Mas, quando tocar uma só, então a ti se congregarão
os príncipes, os cabeças dos milhares de Israel. Quando,
retinindo, as tocardes, entãopartirão os arraiais que estão
acampados do lado do oriente. Mas, quando a segunda vez retinindo, as tocardes,
então partirão os arraiais que estão acampados do lado do sul;
retinindo, as tocarão para as suas partidas. Porém, ajuntando a congregação, as
tocareis; mas sem retinir. E os filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as
trombetas; e a vós serão por estatuto perpétuo nas vossas gerações. E,
quando na vossa terra sairdes a pelejar contra o inimigo, que vos oprime,
também tocareis as trombetas retinindo, e perante o Senhor
vosso Deus haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos.Semelhantemente,
no dia da vossa alegria e nas vossas solenidades, e nos princípios de vossos
meses, também tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos, sobre
os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por memorial perante vosso
Deus: Eu sou o Senhor vosso Deus.” Números 10:1-10
Números cap. 10 mostra-nos sete funções do soar das
trombetas e revela o que esta Festa significa para nós, hoje.
Os versículos 1 e 2a mostram que as TROMBETAS deviam ser
feitas de prata batida. Estas trombetas não podiam ser moldadas (feitas em forma);
tinham que ser batidas. Quando Deus começa a preparar os canais de Sua Palavra,
os vasos que a proclamam, estes não são criados em uma linha de montagem; eles
são batidos pela mão de Deus. São obras batidas. Nestes dias, se você quer ser
um canal usado pelo Senhor para soar a trombeta em Sião, perceberá que chegará
a este ministério através de profundos tratamentos de Deus, de Suas batidas
sobre a sua vida que o moldará e lhe dará forma para ser o vaso que Ele quer
que você seja.
Os versículos 2b a 10 enumeram as 7 funções básicas
do soar das trombetas (do Shofar) e o que devemos fazer na Festa das
Trombetas. Vamos ver o que a Festa das Trombetas - ou o sonido do Shofar -
representa para nós.
PRIMEIRO havia o chamado da congregação. Quando os sacerdotes
tocavam as trombetas, todo Israel devia reunir-se à tenda da congregação, o
Tabernáculo. Todos eles deviam vir para o lugar central onde a glória do Senhor
era revelada, para que pudessem ouvir a Palavra de Deus.
SEGUNDO: eles deviam soar as trombetas para a marcha dos
arraiais. Quando viam a nuvem de glória se movendo, os sacerdotes tocavam as
trombetas, e todos eram alertados e sabiam que era TEMPO DE AVANÇAR. Quando um
retinido era tocado a primeira vez, um lado do arraial deveria se mover; ao
segundo retinido, outro lado se moveria. Imagine três milhões de pessoas, com
todos os seus rebanhos e manadas, convergindo em uma longa linha de marcha e
começando a jornada, tudo comandado pelo soar das duas trombetas de prata. Que
espetáculo maravilhoso devia ser! Juízes 7:18 - “Quando eu tocar a trombeta, e
todos os que comigo estiverem, então, vós também tocareis a vossa ao redor de
todo o arraial e direis: Pelo SENHOR e por Gideão!“
TERCEIRO: a preparação para a guerra era pelo soar das
trombetas. Quando um adversário viesse contra eles, os sacerdotes tocariam as
trombetas; e assim que tocassem o retinido, seriam “lembrados perante o Senhor
seu Deus e salvos dos seus inimigos” (vs. 9). Neemias 4:20 – “No lugar em que
ouvirdes o som da trombeta, para ali acorrei a ter conosco; o nosso Deus
pelejará por nós”. Jó 39:24, 25 – “De fúria e ira devora o caminho e
não se contém ao som da trombeta. Em cada sonido da trombeta, ele diz: Avante! Cheira
de longe a batalha, o trovão dos príncipes e o alarido”.
QUARTA função das trombetas era para os dias de alegria.
Em todas as suas festividades, uma época maravilhosa e alegre. Neemias 12:41-43
– “Os sacerdotes Eliaquim, Maaséias, Minjamim, Micaías, Elioenai, Zacarias e
Hananias, iam comtrombetas, como também Maaséias, Semaías, Eleazar, Uzi, Joana,
Malquias, Elão e Ezer; e faziam-se ouvir os cantores sob a direção de Jezraías.
No mesmo dia ofereceram grandes sacrifícios, e se alegraram; pois Deus os
alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de
modo que o júbilo de Jerusalém se ouvir até de longe”.
QUINTO: as celebrações das FESTAS (Páscoa, Pentecostes,
Tabernáculos e outras) eram sempre anunciadas pelo soar das trombetas. Salmos
81:3 – “Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, na lua cheia, dia da nossa
festa”.
SEXTO: as trombetas eram tocadas no início dos meses. Da
mesma forma, se uma nova era, uma nova dispensação estava por vir, se Deus
tinha ordenado um ano de Jubileu (ano de libertação), então eles tocariam estas
trombetas para iniciar o ano de Jubileu (Lv 25:8-10). Eles tocariam as
trombetas para anunciar qualquer coisa que Deus tinha estabelecido no modo de
ordenar o seu tempo ou os seus meses e anos.
A SÉTIMA função das trombetas era para que sempre que
fizessem seus sacrifícios e apresentassem o que tinham feito ao Senhor, as
trombetas fossem tocadas. Salmos 150:3 – “Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o
com saltério e com harpa”. Isaías 27:13 – “Naquele dia, se tocará uma grande
trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem
desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte
santo em Jerusalém”.
Todos cristãos, têm raízes judaicas. Veja:
“Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de
Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar
pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as
nações serão benditas em ti. De sorte que os que são da fé são benditos com o
crente Abraão.” Gálatas 3:7-9
“E também eles, se não permanecerem na incredulidade,
serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar. Porque, se
tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa
oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria
oliveira! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não
presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre
Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel
será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de
Jacó as impiedades.” Romanos 11:23-26
As confissões, de ambos os povos é que se diferenciam: os
cristãos encontram a sua unidade em Cristo, enquanto o judaísmo a encontra na
Torá.
Cristãos creem que Jesus Cristo é a Palavra de Deus que se
fez carne no mundo; para os hebreus a Palavra de Deus está presente sobretudo
na Torá. Ambas as tradições de fé têm fundamento no Deus da Aliança, que se
revela aos homens por meio da sua Palavra:
“E o Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os
povos uma festa com animais gordos, uma festa de vinhos velhos, com tutanos
gordos, e com vinhos velhos, bem purificados. E destruirá neste monte a
face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas
as nações se cobrem. Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o
Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo
de toda a terra; porque o SENHOR o disse. E naquele dia se dirá: Eis
que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o
Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.” Isaías
25:6-9
Compare esta esperança de Israel com a esperança da Igreja:
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que
estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com
justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia
muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E
estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é A
Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e
vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda
espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele
mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E
no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos
senhores.” Apocalipse 19:11-16
“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro
céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa
cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa
ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis
aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão
o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará
de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor,
nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava
assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me:
Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Apocalipse
21:1-5
Repare que em Levítico 23.1, Deus define as
festas para serem fixas e como santas convocações, ou seja, são convocações
para uma assembléia sagrada para seu povo, uma espécie de ensaio geral e, se é
algo sagrado e foi instituído pelo próprio Deus, não podemos ignorar sua
importância.
“Depois falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos
de Israel, e dize-lhes: As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas
convocações; estas são as minhas solenidades:” Levítico 23:1,2
Os Cristãos não tem nenhum dever ou
compromisso de observar ou celebrar essas festas, mas o
entendimento do seu significado traz um ganho tremendo para a Fé.
Jesus, como um judeu justo, celebrou as festas, como pode-se
observar nos registros dos evangelhos, inclusive o Hanuká (conhecida também
como Festa das Luzes ou Festa da Dedicação, leia em João 10.22-23) que é uma
festa celebrada pelos Judeus em memória da purificação do templo da profanação
de Antíoco Epifanes, celebração esta que não está na relação de Levíticos 23.
Deus deu a Israel um total de sete festas e as quatro
primeiras já tiveram seu significado profético cumprido: Páscoa, Pães Ázimos,
Primícias e Pentecostes.
A igreja passou a existir em Pentecostes e a próxima festa
na sequência é Trombetas! Não faz sentido que "a última trombeta de
convocação" de 1 Coríntios 15:52 seja retratada pela Festa das Trombetas e
que terá seu significado profético cumprido quando a igreja for removida do
mundo?
As quatro primeiras Festas são também conhecidas como “as
primeiras chuvas” ou “chuvas temporãs” (primavera) e as três Festas seguintes
são conhecidas como “as últimas chuvas” ou “chuva serôdia” (outono),
dessa forma, esses dois períodos de chuvas estão relacionados a Primeira e a
Segunda Vinda de Cristo (leia Oséias 6.3, Joel 2.23, Deuteronômio 11.10-17 e
Tiago 5.7-8).
Veremos que essas Festas são ensaios feitos por Israel, das
várias partes do plano de Deus para a humanidade.
As Festas Proféticas:
Páscoa
A Páscoa é uma Festa que lembra a libertação do povo Judeu
da escravidão do Egito, para nós Cristãos, nos lembra de nossa libertação da
escravidão do pecado através de Cristo.
Êxodos 12:3-10; João 1:29; Mateus 21; Zacarias 9:9
“Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais
uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa
páscoa, foi sacrificado por nós.” 1ª. Coríntios 5:7
Pães Asmos
A Páscoa é seguida de uma semana de Festa dos Pães
Asmos (não levedados). Referente às escrituras, é qualquer coisa que
corrompe um ingrediente quando é adicionado. Em Cristo a Festa dos Pães Asmos
foi cumprida, pois ele é o Pão da Vida sem fermento, do qual devemos nos
alimentar continuamente para termos vida e vida em abundância.
Primeiros Frutos (Primícias)
A Festa das Primícias é a terceira e última Festa que Jesus
cumpriu pessoalmente na Terra. Jesus estava presente fisicamente na Páscoa, nos
Pães Asmos e nas Primícias. Ele subiu (ascendeu) ao céu depois de 40 dias, 10
dias antes do Pentecostes.
Durante o ano existiam alguns sábados (“Shabat“) extras
conhecidos como “Shabaton” ou como “O Grande Shabat“. Esses sete “Shabaton”
extras caíam em dias especiais do calendário e não exatamente nas noites de
sextas-feiras. Isso só pode ser encontrado no Novo Testamento somente se for
lido no grego em Mateus 28.1 onde a palavra traduzida para Shabat é, na
verdade, Shabaton e indo até Marcos 15.42 encontramos o texto dizendo
claramente que “e portanto era o Dia da Preparação, isto é a véspera do sábado
(Shabat), …”, veja também Mateus 26.62 e João 19.31. O “Dia da Preparação”
refere-se a qualquer dia da semana, em qualquer data, antes de um Shabat.
A Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias teve seu
cumprimento em Cristo através de sua ressurreição nesse dia, sendo assim Ele é
o primogênito entre os mortos (Colossenses 1.18) para a vida eterna, Ele foi
feito a primícia dos que dormem (1 Corintios 15.20). As manifestações descritas
em Mateus 27.52-53 foram as Primícias de Cristo oferecidas a Deus Pai, aqueles
santos que ressuscitaram foram os primeiros de uma imensa colheita que está
para acontecer.
Pentecostes
Depois das Primícias conta-se o Omer (feixe), a contagem dos
50 dias é chamada de “contando o Omer“, contando os feixes. A nação de Israel
ressuscitou quando saiu das águas do Mar Vermelho e 50 dias depois Deus deu a
eles a Lei, a Torah. Jesus ressuscitou e 50 dias depois Deus nos concedeu o
Ruach Ha’Kodesh (o Espírito Santo). Ambos os casos citados tem o mesmo
propósito (João 16.13 e Gálatas 5.22-23).
A Festa hebraica é chamada Festa do Shavuot. Shavuot
significa “semanas” e se refere as semanas que estão entre as Festas das
Primícias e do Pentecostes. Nas Primícias, um feixe de “grãos ázimos” era
movido perante Deus, exatamente como Jesus, sem pecados, foi movido (levantado)
diante do Pai. No Shavuot, dois pães levedados (porosos) eram levantados diante
de Deus. Já que os dois pães contem levedura (fermento), o que eles
representam? Os dois pães são as duas partes da Igreja, a judia e a gentia, mas
ambas contem pecado.
O término dessa quarta Festa traz o encerramento das
Festas das primeiras chuvas, as chuvas temporãs. Jesus falou sobre o
Pentecostes em vários momentos, inclusive no dia de sua ascenção (Atos 1.4-9).
Jesus Cristo ainda virá fisicamente cumprir mais três
Festas.
Podemos resumir as 4 primeiras Festas da seguinte forma:
Páscoa: Convocação pela morte do Messias.
Pães Asmos: Convocação pelo sepultamento do Messias.
Primeiros Frutos (Primícias): Convocação pela ressurreição
do Messias.
Pentecostes: Convocação pela nomeação e delegação de poder
ao povo dado pelo Messias.
Como vimos nas 4 primeiras, Deus zela pelo cumprimento das
Festas de acordo com seus significados e podemos esperar fatos relevantes
também para as Festas de outono.
Vamos observar agora as 3 Festas seguintes, relacionadas
as últimas chuvas, a chuva serôdia, que estão para se cumprir. (clique na imagem para vê-la ampliada)
Trombetas
O dia 1 de Tishrei inicia a Festa das Trombetas ou Yom
Teruah (O Dia do Estrondoso Despertar) ou ainda o Rosh Ha’Shanah (Cabeça do
Ano, o dia do Som do Shofar). Essa é a única Festa que começa com a Lua Nova. O
Shofar tinha suma importância na celebração do Ano do Jubileu. Como todos os
meses do calendário, o primeiro dia de Tishrei começa com o brilho de uma lua
nova. Os vigias no oriente de Israel ficavam observando até que surgisse o
primeiro raio ou sinal da lua nova e esse sinal era transmitido rapidamente de
vigia em vigia até chegar no Templo. O sacerdote ficava em pé no parapeito a
sudeste do Templo e soava o Shofar para que fosse ouvido em todo vale ao redor.
O Rosh Ha’Shanah é também chamado de Yom Ha’Din, o Dia do
Juízo. Os 30 dias de Elul, antes do primeiro dia de Tishrei é, então, tempo de
se voltar para Deus e os 10 dias que precedem ao Yom Kippur (Dia do Temor,
Expiação), são chamados de Dias de Temor ou “Os Dias Terríveis”. Exatamente
como o Judeu faz anualmente, vemos que precede o encerramento do Rosh Ha’Shanah
e que inaugura o “Dia do Senhor” (Sofonias 2.1-3).
Expiação
A palavra expiação, kipper, literalmente significa
“cobertura do pecado”. A oferta pelos pecados oferece o perdão de Deus ao
ofensor, uma expiação pelo pecado. O Yom Kippur ocorre no dia 10 de Tishrei e é
o dia de adoração mais solene e mais sagrado no Judaísmo. Ele é chamado de “O
Sabbath dos Sabbaths”. Esse é o dia em que todo Israel chora por seus pecados.
Esse é o único dia do ano em que o sumo-sacerdote entra no santíssimo lugar ou
“santo dos santos”, o lugar mais sagrado.
Deus revelou Sua intenção de que o Yom Kippur deveria
ensinar o perdão de todas as dívidas; a libertação daqueles que estavam em
algum tipo de servidão e o retorno das possessões. Quando Ele instituiu o Ano
do Jubileu, a cada 50 Yom Kippur teria que ser um jubileu mesmo, ou seja, um
júbilo. Era uma prática que deveria começar 50 anos depois de sua instituição,
no entanto essa celebração ainda não foi realmente celebrada de verdade. Israel
ainda aguarda a celebração completa do seu primeiro Jubileu, que vai acontecer
quando o Messias retornar.
O Yom Kippur, ou Dia da Expiação, vem da palavra
Kaphar que quer dizer “cobrir”. Jesus é a nossa propiciação ou cobertura, Ele é
a nossa expiação que apaga completamente os nossos pecados.
Em 2018 O Rosh Hashanah terá início em 09 de
setembro, domingo e encerra em 11 de setembro, terça-feira.
Tabernáculos
A Festa dos Tabernáculos ou Sukkot é também chamada de
“Festa das Tendas” ou “Festa das Cabanas” (Sukkahs). A Festa do Senhor e a
Festa do Recolhimento da Colheita. Começa 5 dias após o Yom Kippur. A Festa
comemora a provisão e o abrigo de Deus durante o êxodo e ilustra Sua habitação
no mundo porvir, a Nova Jerusalém.
Durante a Festa dos Tabernáculos, o Monte do Templo ficava
impressionantemente iluminado com muitas tochas e lanternas. No Templo
completamente iluminado Jesus declarou ser Ele mesmo a verdadeira Luz. Essas
tradicionais alusões à água e à luz, como aqui mencionados, lembram parte do
descritivo da Nova Jerusalém que desce do céu, conforme está escrito no livro
de Apocalipse 21.9-27.
Jesus em pessoa é o nosso Sukkot, nosso verdadeiro
tabernáculo que habitará perpetuamente entre os homens.
Por isso ele é chamado de Emanuel:
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a
virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” Isaías
7:14
“Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E
chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.” Mateus
1:23
A Festa dos Tabernáculos continuará a ser celebrada durante
o reino milenial de Cristo (Zacarias 14.16-19). (clique na imagem para vê-la ampliada)
O autor da Epístola aos Hebreus, fez os comentários de
Hebreus 6:18-20, para os cristãos judeus que estavam vacilando em sua fé. Para
exortá-los, ele disse que a "esperança" é a âncora
da alma.
Que "esperança" é esta no sentido
da expectativa do Novo Testamento?
Paulo oferece a resposta definitiva e ela encontra-se em sua
epístola a Tito:
"Aguardando a bem-aventurada esperança e
o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus
Cristo." Tito 2:13.
"A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede
toda a determinação." Provérbios 16:33.
Deus não joga dados. Ele é de Plano e de Providência!
“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também
esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo
abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder
de sujeitar também a si todas as coisas.” Filipenses 3:20,21
Rodrigo M. de Oliveira
Teólogo, Pedagogo, Pastor, Escritor e Palestrante.
Bibliografia:
MCMURTRY, Grady Shannon. As Festas Judaicas do
Antigo Testamento.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. CPAD
HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. CPAD
OLIVEIRA, Marcello. A fascinante cultura judaica.
SKARSAUNE, Oskar. À Sombra do Templo. Ed Vida.
ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo
Testamento. Ed Vida.
PINHEIRO, Jorge. Historia e Religião de Israel.
Ed. Vida.
BRIGHT, John. Historia De Israel. Editora
Paulus.