sexta-feira, 24 de agosto de 2018

As Interpretações do Apocalipse Aula 32 de Escatologia. (texto)


Agora que você está familiarizado com os temas da Escatologia através dos vídeos aqui no canal: "A Hora da Escatologia", chegou o momento de conhecer as Linhas de Interpretação, suas Escolas e seus Métodos, porque a Escatologia é o ramo em que os Teólogos concordam em discordar, porém como disse agostinho: 

Nas coisas essenciais, a unidade; nas coisas não essenciais, a liberdade; em todas as coisas, a caridade.” Santo Agostinho

Na aula de hoje nós vamos aprender as quatro interpretações do Apocalipse, os três métodos e a importância do posicionamento á respeito da Volta de Cristo, ara se compreender o Apocalipse.

Escolas e Tempos

A maioria das diferentes escolas de interpretação pode ser entendida na forma em que seu método explica o tempo.
Os preteristas afirmam que a maior parte do Apocalipse tem sua principal referência no passado. Os futuristas declaram que a maior parte do livro ainda deverá ter cumprimento futuro. Os historicistas estão seguros de que o livro foi cumprido parcialmente no passado, está ainda tendo cumprimento no presente, e somente se cumprirá plenamente no futuro.

Essas escolas são o Idealismo, o Preterismo, o Futurismo e o Historicismo:

Escola do Idealismo
A escola idealista de interpretação julga que o livro de Apocalipse é um desdobrar de princípios em figuras. O propósito do livro de Apocalipse não é falar de eventos específicos a virem. É somente para ensinar verdades espirituais que podem ser aplicadas a todas as situações

Escola Preterista
O preterismo é a metodologia mais popular para o exame do Apocalipse entre os eruditos críticos. Esses escritores entendem que as principais profecias do livro do Apocalipse cumpriram-se na destruição de Jerusalém (em 70 AD) e na queda do Império Romano.

A Escola do Futurismo
O futurismo situa-se no outro extremo da interpretação, com relação ao preterismo. O futurismo acredita que o livro de Apocalipse, com a possível exceção dos três primeiros capítulos, aplica-se totalmente ao futuro. O Futurismo aponta à tribulação final da igreja e é portanto especialmente dirigido aos crentes nos primeiros últimos anos da história.

A Escola do Historicismo
O historicismo é o método de interpretação da profecia que declara que o livro do Apocalipse é um histórico profético da igreja e do mundo, desde o tempo de João até o segundo advento. As predições dadas no livro do Apocalipse não são somente movimentos gerais na história, declara o Historicismo. Mesmo eventos específicos são preditos. Isso inclui a identificação de datas reais do calendário.

O Método (são três métodos)

O método alegórico

A partir da Idade Média, o método cristão de interpretação da Bíblia sofreu alterações. Os exegetas medievais, seguindo Orígenes (185-253 d.C.), consideravam o sentido literal das Escrituras como pouco importante e pouco edificante. Eles diziam que o texto bíblico sempre tinha quatro níveis de sentidos: o sentido literal, o sentido anagógico, o sentido escatológico e o sentido moral.

Para perceber os sentidos da Bíblia, tomemos como exemplo a palavra Jerusalém. No sentido literal, significa a cidade santa; no sentido alegórico, representa a Igreja; no sentido moral, é o centro onde Deus fala ao seu povo; no sentido anagógico, é a cidade de Deus, o céu.

Anagogia é um derivado grego cujo significado é elevar, subir, conduzir para o alto. Há registros dele em português desde o séc. XV com o significado de 1) arrebatamento, êxtase místico, elevação da alma na contemplação das coisas divinas, 2) interpretação mística dos símbolos e alegorias das Sagradas Escrituras (Cfr. Aurélio).

Em hermenêutica, o sentido técnico de anagogia é exatamente o sentido 2). O verbo grego “anágo”, de onde veio anagogia, significa “fazer subir”, “levar para o alto”. Os tratadistas ensinam que o sentido anagógico é aquele que nos faz conhecer as coisas dentro da sua significação eterna e nos remete à nossa salvação, ao céu. Por ele vemos realidades que nos conduzem em direção à nossa pátria.

O método histórico-gramatical (gramatical hitórico)

Com a Reforma Protestante no século 16, a importância do sentido literal do texto bíblico é resgatada e o “misticismo hermenêutico”, deixado de lado. Os reformadores protestaram contra o método alegórico e enfatizaram que o sentido literal, a intenção do autor, o sentido original de cada passagem das Escrituras, são o único guia seguro para entender a Palavra de Deus. Com isso, não estavam querendo dizer que esse “literalismo” não reconhecia as figuras de linguagem empregadas nas Escrituras, mas afirmava que deveria se fazer distinção clara entre o que era explicitamente figura de linguagem e o que não era.

O método histórico-crítico de interpretação

O método histórico-crítico de interpretação é um método de interpretação da Bíblia próprio do liberalismo teológico, que é a sua base ideológica. É também chamado de Alta Crítica. A gênese do método histórico-crítico está no Iluminismo, quando os homens passaram a achar que a própria razão, a análise crítica e racional, é o suficiente para o homem entender o mundo e resolver os seus problemas. A filosofia predominante era o racionalismo. No método histórico-crítico, a interpretação da Bíblia deixou de ser uma tarefa para entender o que o autor queria dizer para ser uma tarefa de questionamento da produção do texto. O objetivo era tirar do cânon formal o cânon normativo. O teólogo alemão Johann Salomo Semler (1725-1791) dizia: “A raiz de todos os males (na teologia) é usar os termos ‘Palavra de Deus’ e ‘Escritura’ como se fossem idênticos”. Logo, segundo ele, era preciso distinguir e separar a “Palavra de Deus” da “Escritura”. O que Semler estava querendo dizer com isso é que a Escritura conteria erros e contradições ao lado de palavras que provêm de Deus. Estava implícita também nesta declaração a descrença na possibilidade do sobrenatural na história, devido à influência do racionalismo e do deísmo. Rejeitava-se a infalibilidade e a autoridade das Escrituras. Foi a partir desses pressupostos teológicos que o método histórico-crítico foi construído.

As etapas do método histórico-crítico são:

I – Crítica das Fontes – Partia do princípio de que os textos bíblicos eram edições feitas a partir de várias fontes diferentes, e usavam como pista qualquer aparente diferença de vocabulário ou estilo, repetições de histórias e digressões. A primeira hipótese desse tipo de crítica foi a Hipótese Documentária, que cria nas fontes Eloísta, Javista, Deuteronomista e do Quarto Documento no Antigo Testamento. Segundo os defensores dessa teoria, a Bíblia Hebraica teria sido editada para aglutinar quatro fontes. Tudo começou com um médico francês chamado Jean Astruc, que em 1753 levantou a tese de duas fontes – Eloísta e Javista – em Gênesis.

II – Crítica da Forma – Ainda mais radical. Já que poder-se-ia dizer ainda que as fontes se baseavam em tradição oral, então os liberais partiram para a crítica da forma do texto. Todos os textos tinham uma intenção política e eram manipulados. Bultmann chega a dizer que menos de 10% das falas de Jesus foram realmente proferidas por Ele. Tentam diferenciar o “Jesus da Fé” do “Jesus Histórico”.

III – Crítica da Redação – Objetivava identificar as “edições” na redação do texto bíblico e expurgá-las para extrair o que seria real e historicamente confiável segundo os liberais.

Uma vez que você conheça as quatro linhas, e os métodos, o próximo passo é se posicionar a respeito da Volta de Cristo e do seu Reino Milenar.

Sobre a Volta de Cristo e o Arrebatamento:

Pré-Tribulacionismo; Meso-(Mid) Tribulacionismo, Pós Tribulacionismo.

Sobre A Volta de Cristo e o Milênio:

A escola Idealista rejeita todas essas três escolas. O idealista diz que essas três escolas são por demais específicas ao interpretar os símbolos proféticos. O idealista busca um método de interpretação mais espiritual, filosófico ou poético.

As outras Escolas de Interpretação sobre o Milênio, estão relacionadas à essas três posições sobre o Arrebatamento, e são quatro:

São quatro principais Escolas Escatológicas mais conhecidas: Pré-milenismo Histórico; Pré-Milenismo Dispensacionalista;  Pós-milenismo e A-milenismo:

O prefixo já da a entender a relação do termo com o episódio. O retorno de Cristo acorrerá antes do milênio. O Pré-milenista histórico não acredita no Arrebatamento antes da Tribulação, já o Pré-milenista Dispensacionalista sim. O prefixo pós descreve o significado do termo em relação ao milênio: a volta de Cristo será depois do milênio. De acordo com os Pós-milenistas, o avanço do evangelho e o crescimento da igreja se acentuarão de forma gradativa, de tal modo que uma proporção cada vez maior da população mundial se tornará cristã. O amilenismo é a interpretação do milênio não literal antes da volta de Cristo. Os Amilenistas acreditam que no final haverá um desenvolvimento paralelo tanto do bem quanto do mal, do Reino de deus e do que pertence a Satanás. A visão amilenista é a mais simples de todas as interpretações, pois descreve o milênio de Apocalipse 20.1-10 como sendo a “ Era da Igreja”. A era da Igreja (o milênio não literal) trata-se de uma era em que a influencia de satanás sobre as nações sofre grande redução de modo que o evangelho pode ser pregado por todo o mundo. Aqueles que Reinam com Cristo por mil anos são os cristãos que morreram e já estão reinando com Cristo no Céu.

Tendo se apropriado desse conhecimento de Linhas de Interpretação, Métodos e Posições sobre a Volta e Milênio, é preciso que se observe três princípios:

Princípio nº 1 – Conhecimento abrangente das profecias bíblicas
Princípio nº 2 – O cumprimento das profecias no mundo
Princípio nº 3 – Conhecimento geral da Bíblia e seus fatos

Agora de posse dessas ferramentas há que se assumir uma de duas posições a respeito do Julgamento divindo chamado de Selos, Trombetas e Taças.

1)       Cronologia: Os sete selos (Apocalipse 6:1-17; 8:1-5), sete trombetas (Apocalipse 8:6-21; 11:15-19) e sete taças (Apocalipse 16:1-21) são três séries de julgamentos de Deus que são diferentes e consecutivas. Os julgamentos progressivamente pioram e se tornam mais devastadores à medida que o fim dos tempos progride. Os sete selos, trombetas e taças estão conectados uns aos outros – o sétimo selo inicia as sete trombetas (Apocalipse 8:1-5), e a sétima trombeta inicia as sete taças (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8).

2)       Sete seções paralelas: O Apocalipse é um livro como um todo orgânico e que se desenvolve num paralelismo progressivo, está organizado em sete seções paralelas e progressivas, ou seja, a mesma história é contada e recontada, porém de ângulos diferentes, de modo que a cada vez que a história se repete novos elementos e detalhes são introduzidos lançando luz sobre a profecia revelada ao Apóstolo João. As sete seções do Apocalipse são organizadas em ordem climática crescente. Há progresso na ênfase escatológica. O juízo final é, primeiramente, anunciado, depois, apresentado e, finalmente, descrito. Igualmente, o novo céu e a nova terra são descritos mais plenamente na seção final do que nas precedente. As seções do Apocalipse ocorrem paralelamente, e não sequencialmente, por exemplo, as taças não sucedem cronologicamente as trombetas, mas se encaixam, se completam, de modo que conforme vamos avançando na narrativa do livro, percebemos que as cenas vão ficando cada vez mais claras e completas. O juízo de Deus vai se revelando de um modo paralelo e progressivo no livro do Apocalipse.

As Sete Seções Paralelas dispostas:

1. Cristo no meio dos candeeiros (1:1-3:22)
2. A visão do céu e dos selos (4:1-7:17)
3. As sete trombetas (8:1-11:19)
4. O dragão perseguidor (12:1-14:20)
5. As sete taças (15:1-16:21)
7. A grande consumação (20:1-22:21)

Veremos mais nos 03 (três) vídeos:

Milênio Apocalipse. Aula 18 de Escatologia


Arrebatamento da Igreja e suas Três Teorias. Aula 20 de Escatologia


O que é a primeira ressurreição? Aula 27 de Escatologia:


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A Prática da Oração



“Com minha alma te desejei de noite, e com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Isaías 26:9

“Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.” 1ª Coríntios 14:15

A oração não substitui a leitura da Bíblia. As duas práticas são essenciais para o nosso crescimento na vida cristã. Sem a Bíblia, as orações podem tornar-se destituídas de conteúdo, egoístas e até mesmo erradas.

“Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” Tiago 4:3

Jesus ensinou um modelo de oração dizendo que primeiro se glorifica a Deus:

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;” Mateus 6:9

“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.” Efésios 5:18-21

Onde Daniel teria obtido sua ideia de oração? Nos Salmos, vemos referências à oração em momentos específicos, aqui estão apenas alguns:

“Três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus” Daniel 6:10

Oração da Manhã

Ó SENHOR, de manhã ouves minha voz; de manhã te apresento minha oração e fico aguardando. — Salmos 5:3 (Ver também Salmos 55:17; 59:16; 88:13; 92: 2)

Oração Vespertina

quando me lembro de ti no meu leito e medito em ti nas vigílias da noite. — Salmo 63: 6

Oração da Noite

SENHOR, à noite me lembro do teu nome, e observo tua lei. — Salmos 119:55

3 vezes por dia

À tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei; e ele ouvirá minha voz. — Salmos 55:17

Historicamente falando, os judeus desenvolveram a oração de hora fixa enquanto estavam no cativeiro babilônico, quando eles não tinham acesso ao Templo. Isso é exatamente o que Daniel estava fazendo. Por não terem mais o templo, os sacrifícios ou o seu antigo ritmo de vida, no esforço de manter alguma sanidade em meio às grandes mudanças na Babilônia, o povo de Deus desenvolveu a prática de manter essas horas de oração.

Os Apóstolos também observavam este costume judeu de orar na terceira, sexta e nona horas, e também à meia-noite.

Pedro e João subiam ao templo na hora da oração, a nona (três da tarde) Atos 3:1

Por volta da hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e lhe dizia: Cornélio! Atos 10:3

Por volta de meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam. Atos 16:25

“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” Romanos 8:26

“Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?” Salmos 94:9

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Um cristão pode ser cremado? Aula de Escatologia

“Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.” Romanos 8:22,23

Na Bíblia era mais comum enterrar os mortos mas não há nenhuma advertência contra a cremação. O rei Saul foi cremado por seus súbditos leais (1ª Samuel 31:11-13). Se a cremação fosse pecado ou desrespeito, não teriam feito isso. O rei Davi depois agradeceu a esses homens por sua lealdade com Saul.

“Ouvindo então os moradores de Jabes-Gileade, o que os filisteus fizeram a Saul, Todo o homem valoroso se levantou, e caminharam toda a noite, e tiraram o corpo de Saul e os corpos de seus filhos do muro, de Bete-Sã, e, vindo a Jabes, os queimaram. E tomaram os seus ossos, e os sepultaram debaixo de um arvoredo, em Jabes, e jejuaram sete dias." 1ª Samuel 31:11-13

“Então vieram os homens de Judá, e ungiram ali a Davi rei sobre a casa de Judá. E deram avisos a Davi, dizendo: Os homens de Jabes-Gileade foram os que sepultaram a Saul. Então enviou Davi mensageiros aos homens de Jabes-Gileade, para dizer-lhes: Benditos sejais vós do SENHOR, que fizestes tal beneficência a vosso senhor, a Saul, e o sepultastes! Agora, pois, o Senhor use convosco de beneficência e fidelidade; e também eu vos farei este bem, porquanto fizestes isto.” 2ª Samuel 2:4-6

A Bíblia também não condena o embalsamento de Jacó e José, uma prática comum da religião egípcia, porque não foi feito com o propósito de adorar outros deuses.

Jacó morreu no Egito e foi enterrado em Macpela (Gn 50:1-14) conforme o seu desejo em Gn 49:29-33.

José foi embalsamado e colocado num sarcófago no Egito (Gn 50:26) sob a promessa de seus irmãos que quando partissem levassem seu corpo junto (Gn 50:25).

“Depois, José ordenou aos seus servos, os médicos, que embalsamassem seu pai. De modo que os médicos embalsamaram Israel, e levaram com ele quarenta dias inteiros, pois levam costumeiramente tantos dias para o embalsamamento, e os egípcios continuavam a verter lágrimas por ele, por setenta dias.” (Gên 50:2, 3) José morreu à idade de 110 anos, “e fizeram-no embalsamar, e ele foi posto num ataúde, no Egito”. (Gên 50:26) No caso de Jacó, pelo visto, o objetivo principal era a preservação até o seu sepultamento na Terra da Promessa.

Em alguns lugares é mais barato que o enterro, sendo melhor para quem tem pouco dinheiro.

Você já deve ter ouvido falar das histórias dos mártires da Igreja. Homens e mulheres cristãos que morreram por não renunciarem sua fé em Jesus Cristo. Até hoje milhares de cristãos morrem nos países onde é proibido pregar o Evangelho de Cristo e na maioria das vezes nem ficamos sabendo disso.

E os cristãos que morreram queimados por exemplo?

Você já ouviu falar em Policarpo - O homem que morreu glorificando a Deus?

O procônsul irado, gritou:

_ Você não sabe que tenho animais selvagens a minha disposição? Vou soltá-los imediatamente se você não se arrepender!

_ Bem, então solte! - Respondeu Policarpo, sem qualquer vestígio de medo na voz. _Como eu poderia me arrepender de fazer o bem para fazer o mal?

O procônsul estava acostumado a amedrontar até os criminosos mais perigosos, mas não estava conseguindo assusta-lo. Então replicou:

_ Já que os animais selvagens não lhe assustam, saiba que você será queimado vivo se não renunciar a Jesus Cristo imediatamente!

Cheio do Espírito Santo, Policarpo irradiava alegria e confiança.

 O senhor me ameaça com um simples fogo que queima por uma hora e depois se apaga. Nunca ouviu falar do fogo do julgamento vindouro e do castigo eterno reservados para os ímpios? Por que está demorando tanto? Faça logo o que quiser comigo!

Deixem-me como estou. Aquele que me dá força para suportar o fogo também me dará capacidade para ficar imóvel na fogueira sem que precisem me amarrar.

Depois de permitir que Policarpo orasse, os soldados atearam fogo à pira. O fogo de Esmirna acreditava que depois de queimar Policarpo apagaria seu nome da história, dando um fim àquela odiada superstição chamada cristianismo. Mas assim como o procônsul, eles subestimaram a vitalidade e a convicção dos cristãos. Pois em vez de intimidar os outros cristãos, a morte de Policarpo lhe trouxe inspiração. E em vez de desaparecer, o cristianismo cresceu ainda mais.

“Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória.” Colossenses 3:4

“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.” Filipenses 3:20,21

A Bíblia não tem nenhum mandamento que obriga ao enterro nem que proíbe a cremação. Por isso, os dois são válidos se a consciência do crente permitir.

Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.” Colossenses 3:15

O mais importante é que seja tudo feito para a glória de Deus.

Portanto! Qualquer que seja sua escolha, faça para a glória de Deus e respeite a decisão das outras pessoas.

“Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.” Romanos 14:6-8



Haverá Morte na Tribulação? Quem é A Estrela Caída?


O post de hoje é uma pergunta que chegou sobre quem é estrela que cai após a quinta trombeta e se não haverá morte na Tribulação:

“E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.” Apocalipse 9:1

“E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.” Apocalipse 9:5,6

A Quinta e a Sexta Trombetas (Apocalipse 9:1-21)

Depois do quarto anjo tocar a sua trombeta e os corpos celestes escurecerem, passou uma águia avisando sobre as últimas três trombetas. Ela clamou: “Ai! Ai! Ai dos que moram na terra....” As últimas três trombetas são os três ais.

A Quinta Trombeta: O Primeiro Ai (9:1-12)

9:1 – O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo.

Vi uma estrela caída do céu na terra: João já viu uma estrela caindo do céu (8:10), mas agora ele vê uma que já caiu. Esta estrela representa uma pessoa, pois recebe a chave do poço do abismo. Estrelas são usadas na Bíblia, às vezes, para representar autoridades (Números 24:17; Daniel 8:10; Mateus 24:29). Uma estrela caída seria uma pessoa de autoridade punida ou derrotada, como aconteceu com o rei da Babilônia (Isaías 14:12). Quando Jesus demonstrou seu poder sobre os demônios, os servos do diabo, ele disse: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago” (Lucas 10:18). Em Apocalipse 12, presenciaremos a derrota de Satanás na batalha no céu, resultando na expulsão do diabo (12:7-9). Tudo sugere que a estrela caída aqui seja o próprio Satanás. Observamos o contraste entre o diabo, a estrela caída que traz trevas, e Jesus, a “brilhante Estrela da manhã” (22:16). Satanás recebe a chave do poço do abismo, mas Jesus segura a chave da morte e do inferno (1:18). Não há dúvida sobre a superioridade do poder do Cordeiro!

E foi-lhe dada a chave do poço do abismo: A chave representa autoridade, e aqui Satanás recebe autoridade sobre o poço do abismo. O diabo age dentro dos limites estabelecidos por Deus (Jó 1:12; 2:6). Aqui, ele tem autoridade sobre as criaturas da região infernal, a região dos demônios (Lucas 8:31). O Destruidor é o rei do abismo (9:11). É do abismo que subirá a besta para perseguir e matar os servos de Deus (11:7; 17:8). Mais tarde, o abismo servirá como a prisão de Satanás (20:1-3,7).

9:5 – Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém.

Não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses: O efeito deste castigo não é a morte, e sim o tormento. Dura cinco meses, mostrando que o período do castigo seria determinado e limitado por Deus. Esta praga não é fatal nem final. Não causa a morte, mas traz grande sofrimento aos ímpios.

O seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém: O escorpião raramente mata o homem, mas o seu veneno causa dor intensa e ataca o sistema nervoso. Os opressores do povo de Deus sofreriam muita dor, mas não seriam mortos – por enquanto.

9:6 – Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles.

Os homens buscarão a morte e não a acharão: Esta frase frisa a intensidade do sofrimento. A morte seria considerada um alívio da dor infligida pelos escorpiões. Jó expressou o mesmo sentimento durante a sua aflição (Jó 3:20-22), e Jeremias usou linguagem semelhante para descrever o sofrimento de Judá (Jeremias 8:3).

Terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles: Novamente, ele enfatiza a natureza desta praga. Os gafanhotos do abismo não receberam autoridade para matar, mas causam sofrimento terrível. Mesmo procurando a morte, os homens não conseguem escapar desta praga.

9:7 – O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja; na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro; e o seu rosto era como rosto de homem;
O aspecto dos gafanhotos era semelhante a...: A descrição da aparência dos gafanhotos nos lembra de Joel 1:4,6; 2:4-10. São opressores terríveis, inimigos fortes que vêm com uma força quase irresistível contra os homens.

Cavalos preparados para a peleja: A cavalaria deu uma vantagem enorme aos exércitos antigos (1 Reis 20:1; 2 Reis 6:15). Salomão importava cavalos do Egito para fortalecer a defesa de Israel (2 Crônicas 9:28). Os homens sempre enfrentavam a tentação de confiar na sua força militar, representada por cavalos, ao invés de confiar em Deus (Salmo 20:7; Isaías 31:1). Cavalos aparecem frequentemente nas figuras proféticas de castigo e destruição: “Eis aí que sobe o destruidor como nuvens; os seus carros, como tempestade; os seus cavalos são mais ligeiros do que as águias. Ai de nós! Estamos arruinados!” (Jeremias 4:13; veja 6:23; 8:16; 47:3; 50:42; 51:27; Ezequiel 26:11; Naum 3:2; Habacuque 1:8).

Como que coroas parecendo de ouro: Esta é a única vez que a palavra stephanos, a coroa da vitória, aparece em relação aos ímpios. Em todos os outros casos, mostra a vitória de Cristo ou dos santos. Aqui, os servos do diabo dão a impressão de ser vitoriosos, mas a própria linguagem sugere uma falsa vitória: “como que coroas parecendo de ouro”. Os servos do inimigo podem imitar a vitória dos santos, mas jamais terão a vitória final.

O seu rosto era como rosto de homem: Figuras de animais ou insetos com características humanas normalmente sugerem a inteligência. Estes servos do diabo são seres inteligentes, capazes de agir conforme as instruções do seu líder.

9:8 – tinham também cabelos, como cabelos de mulher; os seus dentes, como dentes de leão;

Cabelos, como cabelos de mulher: Qualquer explicação reconhece uma criatura estranha. Não são gafanhotos comuns! Os cabelos da mulher representam sua submissão (1 Coríntios 11:15). Pode significar a submissão dos gafanhotos a Satanás. Cabelos femininos sugerem, também, a beleza, um aspecto mais suave do que a aparência das outras características. O diabo usa coisas que parecem boas, inofensivas e atraentes para conquistar sua presa, e depois ataca com a astúcia (rosto de homem) e força (dentes de leão).

Dentes, como dentes de leão: Mais uma figura do poder destrutivo desses gafanhotos do abismo. Podem usar a inteligência e a beleza para seduzir, mas mordem com a ferocidade de um leão (1 Pedro 5:8).

9:9 – tinham couraças, como couraças de ferro; o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja;

Couraças, como couraças de ferro: Estes guerreiros do diabo estão preparados para a guerra. Eles têm condições de se defenderem na batalha contra os homens. Mesmo quando os homens resistem,

9:10 – tinham ainda cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses;

Cauda, como escorpiões, e ferrão...poder para causar dano aos homens, por cinco meses: Este versículo repete as informações dadas nos versículos 3 a 5. Os gafanhotos com ferrões de escorpiões causariam sofrimento entre os homens durante cinco meses.

9:11 – e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.

Seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom: Parece que o anjo do abismo e a estrela caída que recebeu a chave do poço do abismo são a mesma pessoa, Satanás. Se não for o próprio diabo, certamente seria um servo dele com poder sobre outros servos. O nome é dado em dois idiomas, e o sentido é o mesmo – Destruição ou Destruidor. Este versículo é o único no Novo Testamento que usa estas palavras. A palavra hebraica aparece algumas vezes no Antigo Testamento em referência à morte e à destruição (veja Jó 26:6; 28:22; 31:12; Salmo 88:11; Provérbios 15:11; 27:20). Deus cria, dá vida, edifica, causa crescimento, etc. O diabo destrói e provoca o sofrimento e a morte. “Ele foi homicida desde o princípio” (João 8:44).

O primeiro ai passou....vêm ainda dois ais: As últimas três trombetas são os três ais anunciados pela águia (8:13). O primeiro ai – a quinta trombeta – passou.