Basta nos aproximarmos do natal
para começarem os debates entre alguns cristãos se devem ou não comemorar o
natal, diante do tema, apresento, meu argumento.
O que é cosmovisão?
A maneira como você se posiciona
frente aos vários acontecimentos do mundo são baseados em sua cosmovisão.
Cosmovisão é o modo como vemos o
mundo e a interpretação que fazemos da realidade, é o mesmo que “modo de olhar
o mundo, percepção de mundo, ponto-de-vista”.
Logo, uma Cosmovisão Cristã, é
uma visão Bíblica de Mundo, ou, como os Cristãos vêem o Mundo.
Do ponto de vista Cristão Bíblico,
Será que é errado celebrar o natal (nascimento) de Jesus Cristo em 25 de
dezembro?
Qual sua cosmovisão acerca do Natal?
Reflita comigo um pouco...
Se existe uma data festiva que o
Cristão deve comemorar esta data é o Natal.
Natal é Oportunidade!
Nesta data há uma tendência de as
pessoas estarem “pensando mais no próximo” e “fazendo boas ações”, e onde
muitos corações estão mais abertos.
É preciso que haja espírito de
tolerância para com os que não pensam como nós, em aspectos secundários de
nossa fé (conforme Romanos 14):
“Há quem considere um dia mais
sagrado que outro; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar
plenamente convicto em sua própria mente. Aquele que considera um dia como
especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor,
pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá
graças a Deus.(Romanos 14:5-6) Assim, cada um de nós prestará contas de si
mesmo a Deus.Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos
o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão”.(Romanos
14:12-13)NVI
Os extremos devem ser evitados
sempre.
“Pois Deus não nos deu espírito
de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio”. 2ª Timóteo 1:7 NVI
Penso que, aqueles que se fecham
para essa data, perdem uma grande oportunidade, pois como disse, nesse dia a
maioria das pessoas está sensível a ouvir algo sobre Jesus Cristo.
Com conhecimento das Escrituras o
Apostolo Paulo mudou a cosmovisão das pessoas!
Reflita sobre isso, quando Paulo
chegou em Atenas, e encontrou o povo entregue ao paganismo; sua atitude foi
sensata e inteligente. (conforme ATOS Capítulo 17).
“E, enquanto Paulo os esperava em
Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à
idolatria”. Atos 17:16
“E, estando Paulo no meio do
Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos;”
Atos 17:22
“Porque, passando eu e vendo os
vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS
DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos
anuncio” Atos 17:23
“O Deus que fez o mundo e tudo
que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por
mãos de homens;” Atos 17:24
“Nem tampouco é servido por mãos
de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos
a vida, e a respiração, e todas as coisas;” Atos 17:25
“E de um só sangue fez toda a
geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os
tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;” Atos 17:26
“Mas Deus, não tendo em conta os
tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que
se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar
o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos,
ressuscitando-o dentre os mortos.” Atos 17:30-31
“Todavia, chegando alguns homens
a ele, creram; entre os quais foi Dionísio, areopagita, uma mulher por nome
Dâmaris, e com eles outros”. Atos 17:34
O discurso do Apóstolo Paulo é
uma síntese da visão cristã do mundo. Nessa passagem, Paulo discute suas visões
sobre a origem e natureza do universo, a identidade e valor dos seres humanos,
a natureza e a existência de Deus, a teoria cristã da verdade e do destino humano.
Nessa breve passagem, Paulo responde às questões essenciais que todas as
cosmovisões devem abordar.
Conhecendo um pouco mais, a
história do natal.
Origem:
É verdade que a data de 25 de
Dezembro marcava a celebração de uma festa pagã conhecida como Natalis Solis
Invicti (Nascimento do Sol Invencível), em homenagem aos deus Mitra (da
religião Persa). No ano de 440 d.c. porém, na tradição cristã, a data foi
fixada para marcar o nascimento de Jesus, já que ninguém sabia a data de seu
nascimento, este é o primeiro ponto que devemos ter em mente(e no coração).
Mas será que esta origem pagã
depõe contra os cristãos que hoje celebram o 25 de dezembro em homenagem a
Jesus Cristo?
Não!
Vamos Explicar:
O Natal (mesmo a data original
tendo uma origem pagã) é um evento que deveria ser celebrado por todos os
cristãos ao redor do mundo (claro, sem criar uma doutrina).
Mas por que celebrá-lo? Ora,
havia uma festa dedicada a um deus falso, Mitra, considerado o Sol Invencível.
As atenções eram voltadas para ele (e isto, sim, servia aos propósitos de
satanás).
Surge, porém, a igreja com uma
mensagem inovadora aos pagãos: O Sol Invencível existe, e não é Mitra (uma
entidade mitológica); seu nome é Jesus Cristo! Ele foi visto e tocado, pois ERA
e É Real!
“Mas para vós, os que temeis o
meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e
saltareis como bezerros da estrebaria.” Malaquias 4:2
“No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.João 1:1
“E o Verbo se fez carne, e
habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai,
cheio de graça e de verdade”. João 1:14
A festa mitraica oferecia
prazeres terrenos e momentâneos; ao passo que Jesus Cristo oferece Salvação, a
libertação do pecado e a vida eterna. “Pois o reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17)
Que nome lhe vem à mente quando mencionamos a data 25 de
dezembro: Mitra ou Jesus Cristo?
Mitra já foi esquecido, há muito tempo. O Sol
da Justiça veio e venceu, provando que Ele, sim, é verdadeiramente o
INVENCÍVEL: Assim, o nome de Jesus foi mais uma vez engrandecido. Onde havia
trevas, resplandeceu a luz.
Quanto aos presentes, Os magos
que visitaram Jesus levaram presentes, porque, no Oriente não se costumava
entrar na presença de reis ou pessoas importantes com as mãos vazias. Este
costume ocorreu com freqüência no Velho Testamento e ainda persiste no Oriente
em algumas ilhas do pacifico sul.
Há como saber quando Jesus
Nasceu?
Bom, Concordo com alguns
pesquisadores que observam alguns detalhes bíblicos, supondo que o nascimento
de Jesus Cristo foi o cumprimento de uma das mais importantes festas do Velho
Testamento – a Festa dos Tabernáculos. Dizem... “Jesus Cristo nasceu na
festa doas tabernáculos, que acontecia a cada ano, no final do 7º mês do
calendário judaico, que corresponde ao mês de setembro do nosso calendário.
A festa dos tabernáculos ou das
cabanas, significava Deus habitando com seu povo. Foi instituída por Deus como
memorial para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo
deserto em que o Senhor habitou num tabernáculo no meio do seu povo (Lv
23:39-44; Números 8:13-18). No evangelho de João capítulo
1:14, vemos: “Cristo... habitou entre nós.” Esta palavra tem origem na palavra
tabernáculo; isto é, a festa dos tabernáculos cumprindo-se em Jesus Cristo, o
Emanuel (IS 7:14) que significa Deus conosco. Em Cristo não se cumpriu somente
a festa dos tabernáculos, mas também a festa da Páscoa, na Sua Morte (Mat 26:2;
1ª Cor 5:7), e a festa do Pentecostes, quando enviou o Espírito Santo sobre a
igreja (ATOS 2)”.
Ele Não nasceu em dezembro como
diz a tradição, mas foi gerado neste mês. Nove meses depois no final do sétimo
mês do ano judaico, (setembro) no nosso calendário, quando os judeus
comemoravam a festa dos tabernáculos, Deus veio habitar com seu povo. Nasceu
Jesus! Deus Tabernaculou com seu povo.
Nasceu Emanuel. Deus habitando conosco.
Os Evangelhos contam que quando
Jesus nasceu os pastores de ovelhas guardavam seus rebanhos nas colinas
próximas de Belém. Ali foram avisados por um anjo de
que o Salvador tão esperado havia nascido.
Se Jesus realmente tivesse
nascido em 25 de dezembro, quando é inverno e faz muito frio naquela região, os
pastores não poderiam estar ao relento com seus rebanhos, mas bem recolhidos em
abrigos.
Buscando resposta, temos uma
pista importante em Lucas 1:36. Ali o anjo Gabriel falou a Maria,
mãe de Jesus, a respeito da gravidez de Isabel, sua prima.
Em Lucas 1:5, está escrito que
Zacarias, que seria o pai de João Batista, era sacerdote do turno de Abias.
Como os sacerdotes foram se
tornando numerosos, foram divididos em 24 turnos, de modo que todos pudessem
revezar-se no trabalho do Templo, ao longo do ano. Cada turno servia por duas
semanas, uma na primeira metade do ano, e outra na segunda, o que dava 48
semanas. Como o ano hebraico tinha 51
semanas, era completado com três semanas de festas de peregrinação, quando
todos os sacerdotes deveriam estar presentes. O turno de Abias era o oitavo,
durante a décima semana, que foi quando Zacarias teve sua visão com o anjo
Gabriel. Ao retornar para casa, Zacarias
observou o período de purificação ritual, e João foi concebido na 12ª semana do
ano. Nasceu 40 semanas mais tarde, na
época das festas da Páscoa, em 14 de Nisan, por volta do nosso mês de abril. Lembre que na anunciação a Maria
(Lucas 1:36), o anjo disse que Isabel estava grávida do sexto mês, o que mostra
que a concepção de Jesus aconteceu seis meses (25 semanas) depois da de João. Então Jesus nasceu 40 semanas
mais tarde, quando era comemorada a Festa dos Tabernáculos, ou Festa das
Cabanas.
Os Evangelhos afirmam que em
Belém não havia lugar para José e Maria, de modo que eles tiveram de encontrar
pouso num estábulo. Belém ficava bem próxima de
Jerusalém, e não estava abarrotada de gente por causa do censo do imperador
romano, que tinha o ano todo para ser feito.
O motivo de haver tanta gente em
Belém era a peregrinação do povo de todo o país a Jerusalém para a Festa das
Cabanas.
Jesus nasceu num estábulo. A palavra hebraica para
“estábulo” é “sukah”, ou sucote, como em Gen. 33:17.
Assim, é bem provável que Jesus
tenha nascido em uma cabana, pelo meio do mês de setembro ou outubro.
Se Jesus nasceu no primeiro dia
de Sucote, então foi circuncidado ao oitavo dia, como mandava a Lei Cerimonial,
no dia original de uma festividade que se seguia à Festa das Cabanas, chamada
"Simchat Torah" (Alegria na Torah), que agora se celebra o dia
seguinte no judaísmo rabínico.
A palavra natal conforme nosso
amigo "Aurélio": “relativo a nascimento, onde
ocorreu nascimento ou ainda, dia do nascimento”.
Diante da realidade da tradição
Cristã, e do que já foi aqui exposto, é inevitável o entendimento que a festa comemorada
no dia 25 de dezembro, é o natal de nosso Senhor Jesus Cristo ou seja sua festa
de aniversário, pois não de trata de uma data literal e sim simbólica.
Sendo assim, não podemos dizer
que o natal é uma festa pagã, pois se comemora o nascimento do Autor de Toda a
Vida. Cabe ao verdadeiro povo de Deus, comemorar sim, com proporções
cada vez maiores, para que todos saibam qual o verdadeiro sentido do natal.
Optemos por uma postura sem
radicalismos e extremos.
Evangelize! Pergunte as pessoas, o que
acham de Jesus ou o que acham do Natal; Diga que o mundo precisa do Pai da
Eternidade (Isaias 9:6) e não do “papai Noel”.
Anuncie para o mundo o que um
anjo disse aos pastores ao nascer Jesus: “Eu vos trago novas de grande alegrai,
que o será para todo o povo. Na cidade de Davi nos nasceu hoje o Salvador, que
é Cristo, O Senhor”. (Lucas 2: 9,10,11).
Lembre-se que em dezembro, no
geral todos ficam “abertos” a mensagem de Jesus Cristo.
“Que a paz de Cristo seja o juiz
em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros
de um só corpo. E sejam agradecidos”. (Colossenses 3:15) NVI
Portanto no amor de Cristo,
FELIZ NATAL!
Rodrigo Martins,
Professor de Escatologia Bíblica,
Vice-diretor no ITQ Juiz de Fora MG e Coordenador Regional DEBQ Juiz de Fora 3.