quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Importância dos Grupos de Estudos

Um grupo de estudos caracteriza-se pela reunião de pessoas em prol de desenvolverem pesquisas e estudos sobre determinados temas, com a finalidade de divulgá-las para a comunidade, visando promover a circulação de novos conhecimentos da área em que o grupo pesquisa.

Gostaria de mencionar 03 (três) grupos: Os Inklings, O Clube Santo e A Sociedade dos Poetas Mortos (filme) e em seguida tecer comentários.

The Inklings

 Embora valores morais cristãos estejam notavelmente refletidos nas obras de vários dos membros desse grupo, também existiam ateístas entre os membros do grupo de discussão.

“Literalmente falando”, escreveu Warren Lewis, “os Inklings não eram nem um clube nem uma sociedade literária, embora incorporasse parte da natureza de ambos. Não havia regras, responsáveis, agendas ou eleições formais”. Foi um grupo informal de discussão sobre literatura associado à Universidade de Oxford, na Inglaterra. O grupo era formado por uma maioria de acadêmicos da Universidade, que incluía J. R. R. Tolkien, C. S. Lewis, Christopher Tolkien (filho de Tolkien) e Warren "Warnie" Lewis (irmão mais velho de C. S. Lewis)e vários outros.

As reuniões eram costumeiramente às terças-feiras, nas dependências de Lewis, no Magdalene College, de Oxford ou em um Pub as quintas-feiras. Mas as reuniões não eram todas sérias; os Inklings se divertiam tendo competições para ver quem conseguia ler por mais tempo algumas prosas.

O nome fora originalmente associado com um clube na University College, fundado pelo então aluno de graduação Edward Tangye Lean por volta de 1931, com o propósito de ler em voz alta composições inacabadas.

O Clube Santo

John Wesley também tinha um grupo de estudos o seu era chamado Clube Santo:

John Wesley viveu na Inglaterra do Século XVII, quando o cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralizante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo. John Wesley pertencia a uma família pastoral, que vivia em Epworth, numa região afastada de Londres. Em seu lar absorveu a seiva de um cristianismo genuíno.

Ao entrar para a universidade, Wesley não se deixou influenciar pelo ceticismo cínico e nem pela libertinagem. Como reação a isso formou. Junto com outros poucos jovens, o chamado "CLUBE SANTO". Os adeptos dessa sociedade tinham a obrigação de dar um testemunho fiel da sua fé cristã, conforme as regras da Igreja Anglicana. Eram rígidos e regulares em suas expressões religiosas, no exercício de ordem espiritual e no auxílio aos pobres, aos doentes e aos presos. Por causa dessa regularidade, os demais companheiros da universidade zombavam e ridicularizavam os membros do "CLUBE SANTO" dando-lhes o apelido de "METODISTAS".

Sociedade dos Poetas Mortos

A sociedade dos Poetas Mortos era uma sociedade em que para se ingressar tinha que ser um assíduo leitor, produzir versos, reunir-se em horários definidos, assim o filme se contradiz a essa sociedade pois queria quebrar os velhos modelos de ensino.
É um filme que conta a história de um professor de poesia nada ortodoxo, de nome John Keating, na qual predominavam valores tradicionais e conservadores. Esses valores traduziam-se em quatro grandes pilares: tradição, honra, disciplina e excelência. Com o seu talento e sabedoria, Keating inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias. O filme fala basicamente do ensino tradicional, onde o professor John Keating (Robin Williams) quebra barreiras  inovando na maneira  de ensinar, repassar  conteúdos , o que para a  época estranho.

Comentando os Grupos de Estudos

Nos últimos anos creio, tem acontecido um importante período de “renovação da igreja” em muitos lugares.

Defende-se que esta não seja mais a era dos grandes pregadores, e sim a era da grande congregação. Um grande e significativo resultado dessa renovação leiga é o advento dos “grupos de estudos” (ou pequenos grupos de estudos bíblicos nos lares). A dinâmica dos pequenos grupos (grupos de estudos) estimula os leigos. Nesses encontros, de estudo bíblico, eles se ensinam uns aos outros ou partilham suas próprias idéias. Tais grupos, têm representado uma experiência bem sucedida para a renovação da igreja. E o serão ainda mais à medida que as pessoas adquiram melhor e maior competência em sua compreensão e interpretação da Bíblia. É formidável que as pessoas estejam abrindo suas Bíblias e estudando-as juntas. Mas também pode ser algo perigoso. Partilhar conhecimento é edificante para a igreja. Partilhar ignorância pode ser destrutivo e manifestar a síndrome do cego guiando outro cego. É sábio que os leigos envolvidos em estudos bíblicos o façam em conexão ou sob a autoridade de seus pastores e professores. Foi o próprio Cristo quem constituiu assim a sua igreja, concedendo a alguns o dom do ensino. (“O Conhecimento das Escrituras Sproul pag. 43,44).

Concluindo devemos ter os grupos de estudos, porém com muito cuidado para não criarmos nem espalharmos uma doutrina pessoal que não conta com nenhum apoio bíblico e que mais apostata do que edifica. Medite em Efésios 3:10


“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,”

A famosa doutrina do “sacerdócio universal” dos crentes em Cristo, formulada por Lutero tem sido frequentemente mal entendida. Ela não implica em que não haja diferença entre clérigos e leigos. A doutrina mantém, simplesmente, que cada cristão individual tem um papel a desempenhar e uma tarefa a realizar para manter o ministério total da igreja. Num certo sentido somos chamados para ser “Cristo para nosso próximo”. Mas isto não significa que a igreja não possua mestres e supervisores. (O Conhecimento das Escrituras. Sproul pag. 39).
P.S.  (1) John Ronald Reuel Tolkien conhecido internacionalmente por J. R.R. Tolkien, foi um premiado escritor, professor universitário e filólogo sul-africano, radicado no Reino Unido, que recebeu o título de doutor em Letras e Filologia pela Universidade de Liège e Dublin, em 1954, e autor das obras O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion. Católico convicto, Tolkien foi amigo íntimo de C.S. Lewis, autor de “As Crônicas de Nárnia”, ambos membros do grupo de literatura The Inklings.

(2) Pub, deriva-se do nome formal ingles “public house”. É um estabelecimento licenciado para servir bebidas alcoólicas, originalmente em países e regiões de influência britânica. Embora o termo haja diferentes conotações, há pequenas diferenças entre pubs, bares, botecos e tavernas.

2 comentários:

  1. Excelente iniciativa Pr. Conte comigo.

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  2. Tornou-se conhecidíssima a frase de Wesley: "o mundo é a minha paróquia". John e seu irmão Carlos organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos EUA e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes. Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de 'O Cavaleiro de Deus'. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano.

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