quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Como entender o que é a Marca da Besta no Apocalipse?


Hoje é muito comum ouvir “Escatologistas” (Pregadores de Apocalipse e Escatologia), dizerem que a marca da besta que será implantada na Grande Tribulação será um “microchip”.

Porém há algumas décadas atrás dizia-se, que era uma tatuagem, até que surgiu o advento do microchip, e muitos passaram a ensinar que “possivelmente”, vejam eu disse: possivelmente seja o microchip.

Porque o fato é que o livro de Apocalipse não revela que tipo de marca é. É bem verdade que ele diz que sem ela não se poderá comprar ou vender, daí nos leva ao raciocínio do microchip, porém não dá para afirmar o que de fato será a marca da besta.

Por isso passamos a discutir o texto de Apocalipse mais detalhadamente.

Em Apocalipse 13:15-18, João descreve de forma detalhada como será esta marca:

“E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.”

Como vimos, segundo a Bíblia, ninguém poderá comprar ou vender se não por tal marca. Com isto, o anticristo monopolizará o controle mundial da economia. E mais um detalhe:

Todos que receberem a marca terão que se curvar diante do anticristo para adorá-lo, em sinal de reverência.

Veja agora citações de Thomas Ice – Uma das maiores autoridades internacionais no que se refere à Escatologia sobre o assunto:

“É interessante notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a idéia de “marca” é semelhante ao de Apocalipse: “E lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela”. Nessa passagem, o sinal serve para preservação, assim como o sangue espalhado nas ombreiras das portas livrou os hebreus durante a passagem do anjo da morte, como relata o Livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na fronte, semelhantemente à do Apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra “marca” ou “sinal” (gr. charagma) no Novo Testamento em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à “marca da besta” (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4).”

Essa marca parece ser uma imitação, uma oposição ao plano de Deus, principalmente no que se refere aos 144.000 “selados” de Apocalipse 7.

O selo de Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e sua marca é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem, em essência, a Satanás como seu dono.

Além de servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história – exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem pode comprar e quem pode vender.

Nesse ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Por outro lado, os demais que estiverem atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que aqueles que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11; 16.2; 19.20; 20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo.

O fato de João usar essa passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos cristãos, com relação a um assunto de consequências eternas, mostra que Deus proverá o conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lo.

Mas o que essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A passagem diz que podemos “calcular”. Calcular o quê? Podemos calcular o número da besta.

O principal propósito de alertar os cristãos sobre a marca é permitir que eles saibam que, quando em forma de número, o “nome” da besta será 666.

Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte.

Outra conclusão que podemos tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a marca da besta que deve ser evitada.

A marca da besta é uma escolha consciente.

Este é um ponto muito importante a ser analisado:

O fato de que a marca da besta não será acidentalmente adquirida pelas pessoas.

Principalmente muitos cristãos têm um medo muito grande de adquirir esta marca sem perceber, pelo fato de que a Bíblia diz em Apocalipse 14:9-10 que quem receber esta marca, perderá de uma vez por todas a chance de salvação por meio de Jesus Cristo:

Apocalipse 14:9-10

“E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.”

Não há como adquirir esta marca acidentalmente e perder a salvação.

A prova está em Apocalipse 20:4:

“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.”

Este versículo mostra claramente que a escolha NÃO é acidental.

A pessoa terá o direito de escolher ou não a marca. Por ordem do Anticristo, todo aquele que não receber a tal marca, será decapitado.

O número 7 significa plenitude e o contato com Deus, já que Ele é o número 1 e o Homem o número 6. Portanto se o número 7 (sete) é símbolo de plenitude, de completude, todo evento ocorrido dentro de um 7 (sete) está completo. O número 6 é tentativa disso, “o quase isso”, repetido quer dizer “insistência obstinada da maldade”, e como vimos, o autor do Apocalipse identifica a besta com o 666.

Não se pode esquecer o forte simbolismo do livro

João descreve o juízo final como ele o vê. Com figuras simbólicas aterrorizantes dentro do gênero apocalíptico.

O livro do Apocalipse é um livro do seu tempo, escrito a partir do seu tempo e para o seu tempo. Mas é válido para todos os tempos por, por causa da aplicação à Igreja de Cristo em todas as épocas e por causa da Lei da Dupla referência.

 As profecias obedecem à lei da dupla referência, ou seja, têm duas ou mais aplicações, dois ou mais cumprimentos; daí o Termo: “Profecia de Duplo Cumprimento”. Um figurado e Outro Literal, um próximo (perto) e outro demorado (distante).

A marca, significava a adesão ao culto divino. Até hoje o 666 tem sua explicação incerta. Provavelmente, João fundamentou-se novamente na ciência dos números (gematria). Um dos valores numéricos encontrados para o nome Nero César, é 666.

Assim esse é o número para todos os ditadores. Todo ditador é “protótipo”* do Anticristo.

N R W N Q S R 50 + 200 + 6 + 50 + 100 + 60 + 200 = 666

*Protótipo é um produto de trabalho da fase de testes e/ou planejamento de um projeto.

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