segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Espiritualidade na Teologia


*Este artigo é a transcrição de um sermão ministrado pelo Pastor Rodrigo Martins de Oliveira, Professor no I.T.Q. Juiz de Fora MG.

“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida pelo que haveis de comer ou beber, nem do vosso corpo pelo que haveis de vestir; não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais que o vestido?Mateus 6:25

A vida é maior que a religião (correlacione com Jesus dizendo que  o sábado foi estabelecido por causa do homem e não o homem por causa do sábado).

Nossa busca por significado...

Não desperteis nem perturbeis o amor, antes que ele o queira! Não deixe que o mito do amor ideal, ou mesmo a falta de um grande amor estabeleça na sua vida uma angustia existencial, pela qual você gaste suas energias para eliminá-la. Coragem! “quero um amor maior, amor maior que eu” (J. Quest), esse amor nenhum homem poderá lhe oferecer! É um amor que só é possível em Deus! É uma forma de espiritualidade através de um amor transcendente.

A coisa mais importante para nos é sua graça. Esta é a conquista mais importante da vida: aceitar a graça de Deus. É a última bênção oferecida na Palavra de Deus – Ap. 22. 21.

A graça de Deus mostra a real condição do homem – o homem está morto, perdido, cego, servindo ao interesses do diabo e em estado de ignorância – Ef. 2. 1 – 4.

Somente a graça de Deus dá sentido á nossa existência. Sem a graça de Deus somos um barco, sem bússola, durante uma noite escura (sem fim), perdido no meio do oceano – I Co. 15. 10 – Paulo buscava sentido na prática fanática de sua religião, até que Cristo lhe mostrou sua graça. Antes ele trabalhava para alcançar a graça de Deus, depois passou a servir a Deus por estar cheio de graça e sentido para viver.

“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.” Efésios 5:18-21

A graça de Deus explica os nossos fracassos do passado, nos alegra no presente e nos mostra um futuro glorioso – I Tm. 1. 13, 14.

Deus definitivamente não cabe numa teologia, seja ela qual for, isso é fato e não pretendemos fazê-lo.

Mas sim ressaltar que só existe vida cristã saudável a partir de uma teologia revelada e aprendida, significando dizer que a existência só ganha vida a partir de um conhecimento sólido do Seu autor. 

Todo o sadio legado teológico atual partiu da sublime revelação de Cristo ao coração de homens que estavam perdidos nos pressupostos empíricos de uma teologia existencial, de maneira que, antes de virar conceitos no papel, transformaram mentes e corações para não se conformarem com este mundo. oração, leitura da palavra, aconselhamento e santidade só terá sentido real desde que feitos fundamentados na revelação recebida e exaustivamente aprendida, pois fora disto o que se tem é só religiosidade oca e vazia.

Teologia e espiritualidade podem e devem caminhar de mãos dadas, como boas amigas.

Os discípulos que caminhavam pela estrada de Emaús viveram a experiência do Cristo revelando-se pela Palavra de Deus (Lucas 24:13,14). Caminhando com eles pela estrada, Jesus não mostrou nada além da revelação na Escritura Sagrada a Seu respeito, sobre tudo que Deus Pai havia estabelecido como decreto, para Si próprio, quando lhes disse: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lucas 24:25-27).

Precisamos fazer com que nossa teologia seja mais mística e que nos introduza na chama do Sagrado, que arrebate nossos sentidos em amorosa e profunda contemplação do Ser Amante. Necessitamos que a teologia torne a experiência com Deus (espiritualidade) algo possível e concreto na vida daqueles que seguem o Caminho em adoração.

“Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.” Atos 17:28

Quando lemos a Bíblia, com o desejo sincero de conhecê-Lo ainda mais, o Espírito Santo nos concede a mesma sensação que tiveram os discípulos ao receberem a revelação de Cristo: “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?" (Lucas 24:32).

A Infinitude de Deus é experimentada por nós num contraponto à nossa finitude. Deus é percebido como maior que o mundo no mundo. Senhor da história na história. Inominado no nome.  Indisponível na mediação criada à nossa disposição.  Eterno no tempo.

Como disse Karl Barth:

Deus não é simplesmente uma unidade no mundo dos fenômenos; ele é infinito e soberano, “Totalmente Outro”, e só pode ser conhecido quando nos fala. “Ele não pode ser explicado como qualquer outro objeto pode ser, apenas podemos nos dirigir a Ele […] Por esta razão, não cabe à teologia medi-lo em uma forma de pensamento direto ou unilinear”. Não podemos falar a respeito de Deus. Apenas falamos a Deus. Deus fala ao homem como a bomba explode na terra. Depois da explosão, tudo o que resta é uma cratera abrasada no terreno, e essa cratera é a igreja.

“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” Efésios 3:20,21

Lembre-se: Sua formação definirá sua maneira de influenciar o mundo.


Estude Teologia!

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