quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O Valor do Ensino e ‘Quanto vale um professor (a)?’


Alguém já disse é bom repetir: “um professor ou professora que tem noção da sua importância na formação do cidadão não tem preço.”  Claro!

No entanto isso não invalida o fato de que é preciso melhorar o reconhecimento aos professores e professoras.

Gostaria de problematizar a questão com 03 (três) frases:

“Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância." Derek Bok (ex-reitor e ex-diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard).

“Eu não ensino e não mando. Ensinando sai cópia, mandando sai escravo. Eu transmito meu espírito". (Kan-Tchi Sato).

“O professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande professor inspira.” William Arthur Ward

Essas três frases, ilustram bem, a importância e a responsabilidade de professoras e professores, que precisam inspirar no aluno a confiança, o desejo de aprender e, os bons valores humanos. (sei que alguém dirá: Valores aos olhos de quem? E a subjetividade? Para tanto sugiro a bibliografia no final e continuar a leitura).

É necessário que esses profissionais descubram seu verdadeiro valor, e mais, que a sociedade como um todo, (Instituições de Ensino, Governo, Igreja, Família, alunos), valorizem o profissional da educação.

Os mais sinceros e comoventes elogios ao profissional do ensino, não resolvem o problema da educação, se os professores e os professoras não forem valorizados e não se sentirem assim.

O que a Bíblia diz:

“E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui.” Gálatas 6:6

“Os presbíteros que desempenham bem o encargo de presidir sejam honrados com dupla remuneração, principalmente os que trabalham na pregação e no ensino." 1ª Timóteo 5:17 (VC)

“Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento.” Provérbios 23:23

“A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento.” Provérbios 4:7

E essa história toda de “valor”?

Dentro do contexto, mais uma questão para se refletir: O mundo reflete o seu código de valores.

O que realmente determina a remuneração no mercado não é o mérito, não é a virtude, não é o esforço ou a dedicação. É apenas a criação de valor; o valor que aquela pessoa consegue adicionar à vida dos demais. Não importa se é por esforço, inteligência, sorte, talento natural, herança; quanto mais imprescindível ela for aos outros, mais os outros estarão dispostos a servi-la.

O esforço por si só não garante nada. Se a pessoa encontra um campo em que ela gera valor, o esperado é que mais esforço gere mais valor.

É assim que as sociedades enriquecem. Não tem nada a ver com a crença de que a renda é ou deveria ser proporcional ao mérito

Às vezes nem sei o que pensar, mas a lógica é a seguinte: “Satisfaça as necessidades dos outros, e as suas serão satisfeitas. Não importa se é por mérito, por sorte ou por talento. O cara mais esforçado e bem-intencionado do mundo, se não criar valor, ficará de mãos vazias. Você criou valor, será recompensado. Sua riqueza não diz nada sobre o seu mérito; ela não justifica e nem precisa ser justificada. O resultado desse foco no valor é que mais valor é criado. Você recebe aquilo que entrega”.

Um bom professor pode realmente gerar valor, mas ele gera valor para uma "quantidade ínfima" de pessoas ao ano. Quantos alunos diferentes ele tem? Ele cria valor para duzentas pessoas por ano?!  (capacidade de alcance/visibilidade) É uma produtividade extremamente baixa se comparada a determinada figura midiática por exemplo.

Está começando a entender o problema?

“Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos.Eclesiastes 9:11

Eita!!!

Não sei por que, mas diante do contexto atual e do que estou tentando expressar nesse artigo O livro "Admirável Mundo Novo" (1932) de Aldous Huxley, não me sai da cabeça. O livro traça o contraste entre o “moderno” e o “atrasado”, tecendo críticas ao desenvolvimento “prodigioso” da ciência, que, segundo o autor, ao contrário de promover benesses à sociedade, contribuiu para o surgimento de diversos problemas de ordem social que posteriormente não seriam resolvidos.

Bom, seja como for:

“Há mais uma coisa sem sentido na terra: justos que recebem o que os ímpios merecem, e ímpios que recebem o que os justos merecem. Isto também, penso eu, não faz sentido. Por isso recomendo que se desfrute a vida, porque debaixo do sol não há nada melhor para o homem do que comer, beber e alegrar-se. Sejam esses os seus companheiros no seu duro trabalho durante todos os dias da vida que Deus lhe der debaixo do sol!” Eclesiastes 8:14,15

Lei também meu artigo: Professor: Dom ou Esforço? Acesse:



PERISSÉ, Gabriel. O valor do professor. Martins Fontes.
TEZZA, Cristovão. O Professor. Ed. RECORD.
CAMARGO, Ana Carolina Correa Soares de. Educar uma Questão Metodológica? Ed. Vozes.
GERMANO, Altair. Pedagogia Transformadora. Ed.CPAD
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? Ed. São Paulo, Cortez.
HENDRICKS, Howard. Ensinando para Transformar Vidas. Ed. Betânia.
HENDRICKS, Howard. HENDRICKS, Willian. Como o ferro afia o ferro - A formação de caráter por meio do mentoreamento. Ed. Vida Nova.
RICHARDS, Lawrence O. Teologia da Educação Cristã. Ed Vida Nova
COSTA, Débora Ferreira da. Dinâmicas Criativas para o Ensino Bíblico. Ed. CPAD
GERMANO, Altair. O Líder Cristão e o Hábito de Leitura. Ed. CPAD
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2054
https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/uma-analise-sobre-o-livro-admiravel-mundo-novo

Nenhum comentário:

Postar um comentário